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Luiz Ferreira da Mota

                     Em 16 de abril de 1898, num dia de sábado, nascia em Mossoró Luís Ferreira da Cunha Mota, sendo filho do Cel. Vicente Ferreira da Mota e de D. Filomena Ferreira da Mota. Seus primeiros estudos foram feitos no Colégio Diocesano Santa Luzia e no Grupo Escolar 30 de Setembro. Ordenou-se padre a 15 de abril de 1922, chegando a Mossoró em 21 de outubro do mesmo ano, onde permaneceu até a sua morte ocorrida em 27 de agosto de 1966. Foi o governante que mais tempo passou na administração municipal de Mossoró: nove anos e três meses como prefeito. Assumiu a Prefeitura em caráter interino, em substituição ao Dr. Duarte Filho, no dia 18 de janeiro de 1936, afastando-se em outubro para ocupar uma cadeira na Assembléia Legislativa  na vaga deixada por renúncia do deputado José Varela, reassumindo a Prefeitura em 23 de dezembro do mesmo ano.  Em 10 de novembro de 1937 houve o golpe de Estado, com dissolução do Congresso, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais, sendo implantado por Getúlio Vargas o regime denominado de Estado Novo. O padre Mota, no entanto, foi confirmado no cargo por nomeação do Interventor Rafael Fernandes, assumindo a 30 de dezembro de 1937. Governou até 3 de abril de 1945, quando foi exonerado por solicitação própria. Era um governante zeloso com a coisa pública, não sendo admitido nenhum gasto supérfluo. Qualquer importância arrecadada teria que ser aplicada em obras públicas ou destinadas ao pagamento dos servidores. Gostava de Mossoró. Aqui viveu toda sua infância e juventude, ausentando-se apenas o tempo suficiente para os seus estudos eclesiástico em Natal, Recife e, por último, Roma, onde cursou o Colégio Latino-Americano e se ordenou sacerdote, após defender direitos canônicos. Em torno de sua pessoa corre um vasto anedotário. Algumas dessas anedotas foram registradas pelo jornalista Lauro da Escóssia num livro intitulado “Anedotas do Padre Mota – vultos populares e outras coisas de Mossoró”. Uma das histórias mais conhecidas do padre Mota (ou seria estória?), teria acontecido quando o mesmo recebeu uma carta do Dr. Rafael Fernandes, Interventor Federal, recomendando um jornalista carioca que vinha a Mossoró proferir conferência. O Interventor pedia na carta, carta essa que o padre Mota leu no mais absoluto silêncio, que a Prefeitura ajudasse o conferencista que havia escolhido Mossoró, como cidade do interior, nivelando-a a várias capitais do país onde fizera conferência. Acontece que exatamente naquele período, vivia o administrador numa fase de muita economia. Mas o que fazer se o homem vinha recomendado pelo próprio Interventor? Chamando o conferencista, argumentou que não podia faltar a um pedido do Dr. Rafael Fernandes, mas que a Prefeitura não dispunha de recursos para atender a despesas dessa natureza. Finalmente, como se tratava de um auxílio, perguntou ao conferencista quanto ele desejava receber, ao que teria o mesmo se fixado em trezentos cruzeiros. –“Dou cem cruzeiros”, disse o padre. “E se não quiser, estamos conversados”. Claro que o conferencista aceitou e já no dia seguinte voltou à Prefeitura no propósito de receber o que lhe havia sido oferecido. E o prefeito pagou. Mas acontece que o tal conferencista entendeu de “botar banca” e foi dizendo: Senhor prefeito, sou versátil em qualquer assunto e desejava que o senhor escolhesse um tema para eu falar. O padre, que não estava gostando nenhum pouco dos modos do jornalista e, dada à insistência para a escolha do tema, foi dizendo: - Já que o senhor é tão versátil, fale da psicologia da bufa...

  • 12/04/2017
  • por Geraldo Maia
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Comentários (3)

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  • 21/09/2020
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"A história de um povo não tem começo nem fim. O que conto aqui são trechos de uma História que pode começar a partir de alguns acontecimentos anteriores e terminar no meio de outros que estão apenas começando. E de trecho em trecho, vou contando a História do povo de Mossoró."

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